quinta-feira, 14 de julho de 2011

Until the very end


Hoje, dia 15 de julho de 2011, 03h42 da manhã no Brasil. Não consigo dormir, estou ansiosa demais, com um sentimento de falta, os olhos ardendo de chorar.
Hoje me senti como há muito, mas muito tempo não me sentia assim, desde os meus 14 anos. Uma ansiedade de esperar por algo que você ama, que você idolatra, acontecer.
Harry Potter me deu amigos (amigos de verdade, com quem eu falo até hoje), me deu assunto para ser discutido, angariei ainda mais paixão pelos meus queridos e amados livros, meu companheiros de horas aflitas, de fantasia, de recolhimento, para os quais me tranquei em suas histórias para poder sair da realidade amarga da vida.
Tia Jô me fez crer no amor, na amizade, na lealdade e teve uma grande missão, que foi levar uma geração inteira às páginas de livros, para que pudessem amá-los e aprender com eles. Eu fui uma de suas pupilas. Eu me apaixonei pelos livros, pela boa escrita, pela interpretação de texto. É isso que amo fazer, é isso que sei fazer.

E agora, neste momento em que escrevo isso, eu estou com uma sensação de vazio horrível. Porque acabou esse sentimento de ansiedade, de idolatria. Acabou uma era, a Era Potter. E com isso vem o desfecho da minha fase adulta.
Mesmo tia Jô falando "Hogwarts will always be there to welcome you home", eu não consigo não parar de pensar na minha vida pós HP.
Eu vou dormir, porque eu precisava desabafar e registrar esse momento que é e foi único na minha vida.
Until de very end.